Discursos de Dom Giovanni




Discurso na Solenidade da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes e do ES, em 14/03/2010

A MISSÃO DA ARTE

Minha Grão-Mestra Prioresa, Venerável Dona Bárbara Pérez, Meus Irmãos Confrades desta Confraria, Ilustríssimo Senhor Prefeito Municipal, Jander Nunes Vidal, Excelentíssimo Senhor Almirante Bentinho, Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, autoridades da mesa, Senhores e Senhoras presentes, uma ótima Noite.
Antes de começar, gostaria de prestar minhas homenagens ao Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, esses nossos heróis. Desde criança aprendemos a idolatrar os heróis dos contos infantis. E os víamos como salvadores do mundo. Mas estes, sempre tiveram que usar capas e máscaras para esconder sua identidade. Nossos verdadeiros heróis não precisam de uma capa para usar seus super poderes, e muito mesmo esconder seus rostos. Os Fuzileiros Navais mostram sua cara, não usam mascaras, e sua capa, é a bandeira do Brasil, que defendem e tem o orgulho de ostentar. Emocionaram-nos em suas missões de paz como no Haiti e agora no Chile. Dedico este meu discurso a todos os Fuzileiros e Brasileiros que perderam suas vidas na defesa da paz e na missão de representar este povo brasileiro. A Arte é das mais profundas formas de expressão que o Espírito pode encontrar sobre a Terra. Quando penetrada por ideais de excelência, cabe à Arte o labor de cooperar no desenvolvimento das criaturas.

Assim, o artista é alguém dotado dessas sutis percepções, tendo possibilidades, muitas vezes, de captar a vibração superior da Vida, as ondas luminosas de esferas cerúleas e apresentar aos homens o produto da sua filtragem.

O artista imbuído da Arte que se agita nos painéis do Cosmo, quando segue fiel aos preceitos do equilíbrio da realização do bem, não poucas vezes se faz intérprete de fulgurantes mensagens, depositário que se toma dos fulgores estelares. Cooperador dos Deuses cabe ao artista desenvolver ou colaborar para que se desenvolvam nos seres humanos os sentimentos do belo, do inefável, do indefinível.

Não é por outra causa que deparamos com artistas de níveis variados, atendendo aos Programas da Divindade nos patamares mais diversos pelo mundo. Dos tambores rústicos da selva aos violinos apaixonados de rútilos concertos, vemos a Presença do Divino. Da expressão rupestre, esbatida, do neolítico às telas perfeitas de Rembrandt, temos a Presença de Céus. Do totem dos prístinos dias da tribo, às esculturas de Miguelangelo, na Europa, percebemos a Presença de um Ser maior. Das evocações do vozerio rítmico dos indígenas às mais formidáveis sinfônicas do mundo, sentimos a Presença de Deus, conduzindo os Seus filhos ao amadurecimento estético, aos vôos mais altos da sensibilidade, a fim de que O compreendam, gradativamente, na fieira evolutiva.

Não podemos ignorar, contudo, que aparecem aqui e ali, em muitos lugares, e mesmo que luxuriam em vários locais no mundo, almas infernizadas em si mesmas, marcadas pelos instintos rebaixadores do crime, possuidores de pulsões anímicas aberrantes, que se mostram como artistas, impondo aos despreparados e incautos as suas intimas alucinações às quais nomeiam como arte.
Artistas visam o bem da humanidade. Exercem, por isso, uma missão celestial. Naturalmente, a arte não constitui exceção. O artista deveria tomar consciência de seu papel e desempenhá-lo com perfeição, contribuindo, dessa forma, para o estabelecimento de uma sociedade justa.
Nesse contexto, o artista tem uma importante missão a cumprir. A sua arte deve ser incentivo à eliminação da bestialidade humana, bem como um recurso pelo qual todos possam conquistar sentimentos mais nobres. Assim então, a literatura, o teatro, o canto, a dança, a pintura deverão ser o caminho pelo quais os valores espirituais do artista, expressos através de sua sensibilidade, tocarão a alma do povo, estabelecendo-se entre ambos, um elo de sentimentos e emoções altamente elevados.
Cabe, pois, ao artista o papel de orientador do verdadeiro comportamento a ser seguido pelos demais membros da sociedade. Daí se conclui que, se a sua vida espiritual não for muito aprimorada, também os sentimentos do povo não poderão tornar-se melhores. É neste ponto que reside a dignidade da arte, ou a sua vulgaridade.
Que esta seja a missão de cada um de todos nós aqui presentes nesta noite de glória para a Arte e a Cultura, não somente de Marataízes, mas de todo o estado do Espírito Santo.
Engaja-te nesse labor e deixa brilhar, também ai, a tua luz.

Que os corações e as almas de todos nós sejam tocados pelas mais lindas ninfas, servas da Arte e da Cultura.


Discurso de Dom Hudson Giovanni na Fundação da Confraria das Artes Cultura e Letras de Marataízes - ES

Minha Irmã Confrade Mor, Venerável Dona Bárbara, Meus Futuros Irmãos Confrades, Ilustríssimo Senhor Prefeito Municipal, membros do poder administrativo do município de Marataízes, excelentíssimos Senhores Vereadores presentes, demais autoridades da mesa, senhoras e senhores, uma excelente noite a todos.

FIAT LUX ET LUX FACTA EST 
(faça-se a luz e a luz foi feita)

“Parece-me um sonho o que está se passando! Quando olho para cada um dos presentes, quando passeio o meu olhar por este templo das Leis, não sei o que admiro mais! Se a bondade, a camaradagerm, ou a fraternidade que surge nesta noite. Quando sonhamos e idealizamos esta Confraria sabíamos de nossos desafios e que precisaríamos de coragem, porém, eu era, e sou, ciente das minhas limitações, e consciente dos meus sentimentos. Mas a Arte nos faz ser atrevidos nos dá a Liberdade. A virtude, liberdade suprema, é por isso a realidade por excelência, a única liberdade plena. Tudo o mais são vagas e incertas aproximações do ideal, pálidas imagens, grosseiros símbolos do ser verdadeiro. Símbolos. Por muito tempo a cultura e a apreciação da Arte foi um símbolo da burguesia e dos nobres. Foi criado um paradigma de que apenas os bem favorecidos financeiramente tivesses o acesso garantido ao que se chamava de Arte. Como já apreciamos na leitura na Carta de Intenções desta Confraria, nossa principal missão é a quebra deste paradigma, há muito defasado. Esta é a missão desta Confraria e de seus membros. Mostrar e garantir que o popularesco que a muito esquecemos de seu valor artístico e cultural na formação social de uma nação, tenha seu lugar de honra nos baluartes do que chamamos de cult. A Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, ES, carrega como suas cores símbolos:
• Verde: a cura da ignorância e a esperança de se difundir a idéia original da Confraria;
• Vermelho: a cor eclesiástica, símbolo de confrarias;
• Preto: a cor original. A sabedoria e inspiração divina;
• Violeta: a transformação do mundo através da arte.

Assim como as Armas da Confraria: (apresentar os Brasões)
• Fica como Brasão da Presidência e do Conselho da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, ES a insígnia:
• Fica como Brasão da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, ES a insígnia:
• Grão-Mestre Preceptor e Conselheiro Fiel do Presidente Guardião Oficial de Recrutamento:
• Grão-Mestre de Cerimônias e Cronista Guardião das Armas e Insígnias:


A guarda dessas Armas e suas ordens cabe a cada um de todos nós, Membros do Conselho, Membros da Diretoria da Confraria e Futuros Confrades desta Casa. Garantir o cumprimento de nosso Estatuto e da intenção da Confraria. Vamos reescrever a historia. Cabe a todos essa responsabilidade de mergulharmos na história E já que o destino me colocou na frente dos senhores, nesta data histórica em que tomamos posse na Confraria, eu quero fazer um apelo a todos para que irmanados no mesmo ideal possamos libertar a arte real do estado de catalepsia em que se encontra há centenas de anos. Temos este grande desafio de juntos preservarmos os valores fundamentais da Confraria para a construção de uma sociedade igualitária, justa e perfeita.
Convido a minha Irmã Confreira Mor, Dona Bárbara Pérez, Grão-Mestra da Poesia, Prioresa da Casa do Grão-Mestrado Preceptor e Conselheira Fiel da Presidência, Guardiã Oficial de Recrutamento, a estar junto ao Senhor José Paulo Vieira (Explicar sua ausência em viagem ao exterior), Senhor Humberto Siqueira, Senhor Luiz Antonio Damasceno, Senhor Ary Peçanha, e simbolicamente coloco-me também junto a vós, para ficar a minha frente neste momento de glória para nossa Confraria e assim, repetirem comigo o Juramento Oficial da Confraria. Repitam:
Como Educador; co-responsável pelos destinos da educação em meu Município, Estado e País.
Como Cidadão; declaro-me co-autor da história de minha comunidade e da própria humanidade.
Como ser Político; declaro-me responsável pela evolução, ética, moral, política, jurídica e organizacional de minha Nação.
Como Pensador; declaro-me criador e gerador de proposições e soluções à problematização sócio-cultural brasileira.
Como Artista, assumo a responsabilidade em registrar e difundir toda iniciativa que represente evolução ao processo cultural, defendendo, apoiando, incentivando e orientando o crescimento e a expansão, interiorização e expressão, das artes, cultura, e letras, na criança, jovem, adulto e idoso, à construção do saber, como base ao aprimoramento científico e estrutural de nossa sociedade.
Como Membro desta Confraria e de sua Diretoria, Zelar pelo cumprimento do Estatuto e do Regimento Interno e o Conselho dos Priores desta Casa assim como o bom funcionamento da mesma, fazendo com que esta cumpra seu papel perante a sociedade.

Portanto, fazendo uso de minhas atribuições previstas no Estatuto da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, eu, Dom Hudson Giovanni, Grão-Mestre das Artes, Confrade Mor e Prior da Casa do Grão-Mestrado de Cerimônias e Crônicas, Guardião das Armas e Insígnias, declaro Fundada Publicamente esta Confraria e os nomeio interinamente a Primeira Diretoria da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, Estado do Espírito Santo, Brasil.
AGRADECER:
Agradecer cada um de todos aqueles que estiveram conosco em nossa caminhada seria tarefa difícil.
Nossos familiares e amigos, que sempre nos incentivaram e nos deu suporte para fazer de nossos sonhos algo possível. Cada de todos os meus tão amados que estão aqui nesta tão gloriosa noite, uns em presença, outros em emoção,em espírito.
Dividir este momento de tamanha felicidade com meus familiares e com meus amigos, como dizemos internamente, ao meu clã.
Agradecemos e elevamos nossos protestos de estima a duas pessoas que foram mais do que colaboradoras, foram células na realização deste sonho: Dr. Joel Araújo da Silva e senhora Isaura Theodoro.
Este sonho, que se tornou objetivo e hoje realidade, tem coadjuvantes de grande importância: o administrativo e o legislativo de Marataízes muito colaboram para a realização desta cerimônia. Citar nomes, eu poderia ser injusto e esquecer-me de alguns, por isso, cumprimento todos na figura do senhor prefeito municipal Dr. Jander Nunes Vidal.
Quantas crianças vieram ao mundo por essas mãos devota de Maria, a mãe de Jesus e hoje o senhor nos auxilia com tanto carinho a clara luz a esta casa de artes, cultura e letras.
Agradecer-te?
Teríamos que reinventar as palavras!
Por isso, agradecemos com que há de mais puro em nós, artistas. Dedicamos nossas almas artísticas em agradecimento ao Senhor.
Muito Obrigado e ósculos e amplexos.